quinta-feira, 22 de setembro de 2011

uma questão de prioridades

é importante o comprometimento ser levado a sério.

cada vez mais estamos com menos tempo. cada vez menos temos tempo para fazer o que queremos... ao passo que cada vez mais percebemos o tempo passar e sentimo-nos atados às rotinas diárias divididas entre assuntos pessoais, familiares, do trabalho ou da faculdade.

são tantos sonhos e desejos, tantos planos e projetos... em meio à problemas e preocupações, dificuldades e entraves que nos atormentam e põem em prova aquilo que sentimos e temos como certo. no entanto, durante este processo de construção lógica daquilo que temos como sonho (se o nosso ideal de felicidade é, de fato, o que nos fará feliz ou, quem sabe nos levará à loucura) duas coisas se fazem essenciais: a organização e a dedicação.




porém, tudo é uma questão de prioridades. tudo é uma questão de valores.
valores são pessoais. valores são íntimos.

não estou aqui para questionar os valores de ninguém. tampouco ditar quais valores são mais importantes para um ser humano, humano. humano no sentido benévolo, compassivo, complacente ao ponto de se tornar tolerante ao próximo.

porém, quando fazemos parte de um grupo de pessoas, quando vivemos em uma sociedade, automaticamente partilhamos expectativas... consequentemente partilhamos valores.

por isso, respeito.

respeito pelo próximo.
respeito pelos valores do próximo.
respeito pelos sonhos do próximo.

é o respeito que nos torna iguais como seres racionais e nos conecta com nossa força interior. quem compreende o verdadeiro sentido do respeito, compreende as suas responsabilidades e o seu lugar na sociedade. torna-se um ser tolerante com o próximo, passa a compreender que não há o que mudar no outro e sim confiar naquilo que age sob o mesmo.

domingo, 14 de agosto de 2011

um dia que não é... como outro qualquer

o despertador tocou. eram 6:30 de uma manhã cinza de domingo. algumas gotas arriscavam cair tímida e lentamente pela janela. mas algo dizia a ela que poderia ser diferente... que poderia fazer com que aquele momento frio e triste se desfizesse. e, com este pensamento... ela levantou e partiu.

partiu para aquele mundo frio, intenso e complexo. carros, tráfego... pessoas, multidões... casas, mansões. tudo acontecendo em um sincronismo frenético e doentio que fazia com que o silêncio ecoasse dentro de seu coração tentando entender o porquê... tentando entender a razão. uma razão para tudo aquilo existir. a razão daquele segundo, a razão daquele instante, a razão de toda aquela simultaneidade. o farol abriu e ela partiu.





partiu para aquele mundo belo, intenso e complexo. cadeiras de rodas, sorrisos... pessoas, humanos... unidades de tratamento, lares. tudo acontecendo em um sincronismo celestial e abençoado. onde cada passo dado era uma conquista. onde cada sorriso dado era uma dádiva. onde cada dia vivido era uma vitória. e nesse exato momento... ela entregou-se, deixando a razão existir dentro do seu coração. permitiu-se presenciar centenas de pequenos milagres da vida acontecendo diante de seus olhos. soube então, que a beleza de cada instante está na intensidade da entrega.

entregou-se. percebeu que tudo aquilo era uma troca. troca de energias, sentimentos, olhares, toques... com um abraço sincero, um gesto de preocupação, um minuto de atenção... de dedicação... de entrega. era um exercício constante de paciência e humildade em um fluxo de vibrações initerruptas. percebeu novamente que mais recebia do que doava. e naquele momento não havia nuvem sequer no céu... que encobrisse o brilho de seu coração. sim, o milagre da vida operava nela. então, ela fechou os olhos... agradeceu imensamente por aquela oportunidade... e ainda... sem saber como aquilo tudo aconteceu... partiu.

*com todo o meu amor, carinho, dedicação e agradecimento... aos meus amigos, voluntários e assistidos... das casas andré luiz que transformam minha vida. http://www.casasandreluiz.org.br/

terça-feira, 2 de agosto de 2011

analogia do amor

gosto da analogia de que o leitor compra um livro primeiramente pela capa, no entanto... é durante o processo de leitura que ele conhece a história. 

geralmente criamos algumas expectativas com os livros. ficamos imaginando como toda aquela história irá se desenvolver, de como os personagens irão se comportar... ou até mesmo, de que personagem tomaremos partido.

porém, uma coisa que não se pode esquecer é de que aquela estória já está escrita. independentemente da nossa vontade ou desejo, aquele livro está ali, impresso, colorido... materializado em nossas mãos. 

e quanto à vida? aos nossos relacionamentos? às nossas expectativas?



penso que na vida acontece de maneira semelhante e um tanto quanto mais vibrante. o ser humano pensante e racional... tem o poder dentro de si de transformar uma história, uma vida... mudando alguns parâmetros, alguns pontos de vista, usando outros pontos de partida. 

se entrarmos em uma história sem expectativas de como ela irá se suceder... por certo que nos surpreenderemos a cada início de parágrafo. entregar-se para viver... é descobrir-se no viver.

somos seres racionais dotados de uma inteligencia ínfima perante a inteligencia universal. tudo aquilo que não entendendos ou não compreendemos, dizemos ser irracional. porém, partindo do princípio que a vida não é um simples acaso e que para todas as coisas existem uma explicação lógica, a atração torna-se irracional apenas aos olhos humanos. 

se levarmos em conta o magnetismo que faz com que o acaso aconteça, que os destinos de cruzem, os olhos se encontrem... e os pés percam o chão, saberemos que não há o que temer. tudo na vida acontece na hora e no momento exato que devem acontecer... e por razões ímpares que cada um necessita e atrai. 
uns necessitam ensinar, outros aprender, ambos trocar. trocar experiências, trocar sentimentos, trocar exemplos.... para que assim, dia a dia, pouco a pouco... descobrindo-se um no outro... descobriremos a nós mesmos.